segunda-feira, 24 de outubro de 2016

GAECO desmantela quadrilha que fraudava fila do SUS na Grande Florianópolis

Operação Ressonância está cumprindo 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e três mandados de condução coercitiva em Florianópolis, Palhoça, Biguaçu, São João Batista e Major Gercino.
  
   O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), por meio de seu núcleo regional Florianópolis, deflagrou na manhã desta segunda-feira (27/10) a "Operação Ressonância" para o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e três mandados de condução coercitiva, nos municípios de Florianópolis, Palhoça, Biguaçu, São João Batista e Major Gercino.
    A operação "Ressonância" apura crimes de Falsidade Ideológica; Inserção de Dados Falsos nos Sistemas de Informação; Corrupção Passiva; e Crimes Eleitorais; envolvendo cinco agentes públicos e terceiros, os quais basicamente, estariam sistematicamente violando a fila de espera do Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de exames de ressonância e tomografia, por intermédio de procedimentos irregulares e cobrança de valores dos pacientes.

   A investigação apura sofisticado esquema paralelo e escuso, que visa captar pacientes de diversos municípios, com necessidade de realização de consultas e exames no SUS, manipular o agendamento de consultas, exames e procedimentos médicos (cirurgias e principalmente exames de ressonância magnética), em sua maioria, no Hospital Governador Celso Ramos, em Florianópolis, mediante o recebimento valores em dinheiro e/ou benefício material ou, ainda, obter vantagem política futura, pela fidelização de eleitores, por parte dos investigados.

   A 33ª Promotoria de Justiça da Capital, com o apoio do GAECO/Florianópolis, começou a investigação em novembro de 2015, após receber denúncia da Secretaria Estadual de Saúde.

   A operação conta com o apoio dos núcleos regionais do GAECO de Joinville, Chapecó, Criciúma, Lages, Itajaí e Blumenau, e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), da Polícia Militar de Santa Catarina, e do Instituto Geral de Perícias (IGP).

   NOME DA OPERAÇÃO
   O nome da operação vem do principal tipo de exame - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - utilizado na medicina para identificar anomalias e irregularidades de órgãos e sistemas do corpo humano. Neste tipo de procedimento foi identificada, a maior quantidade de burla na fila do SUS, uso de cota sem a adoção dos procedimentos administrativos, e cobrança de valores irregulares pelos investigados.

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