segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Santa & Bela Pocilga ...Nossas caras e Fuças provincianas

Por Eduardo Guerini

Na província Catarina virginal cuidando da vara de porcos para alimentar  a promissora casta de endinheirados com  pernil assado na Casa de Caras. Observando atentamente para as águas de Itapema e a poluição residual de um vazamento que passou neste ano cabalístico de 2013.

   Em certa medida nossas elites provincianas desenvolvem uma linha de raciocínio que traduz um pensamento oblíquo para atender o interesse reto - continuar subserviente ao modelo colonizado com padrões impostos que produziu e produz efeitos nefastos em diversos pontos do Planeta.   Recentemente, a imprensa da província Catarina se esforçou em produzir notícias sobre o suposto fechamento de “beach clubs” que privatizaram nossas praias para divertimento de uma elite de endinheirados que projetam a cidade para o mundo (sic!!!). 
   Os setores do trade turístico e imobiliário estimulam a famosa “indústria do turismo” que não possui chaminés, mas polui em intensidade vertiginosa o litoral catarinense. No olhar mais apurado dos mapas de balneabilidade - que mudam tal como o tempo nessa primavera instável, com praias que ontem eram Impróprias, rapidamente se tornando Próprias para banho de turistas desavisados. As cassandras de plantão, com seus colunistas chapa branca – sonham com modelos importados de realidades totalmente distinta da Ilha de Santa Catarina e do litoral catarinense, não cansando de atacar os “ventos do atraso”. 
   Em nova investidura contra a ilegalidade das ocupações em áreas de preservação permanente, um carcomido e caquético representante político, em sonhos imperiais e negociados para ganhar alguma notoriedade, ataca setores que tratam de preservar o “naco territorial” do litoral de nossa província e algumas praias com águas límpidas que não foram destroçadas pelo tal modelo de desenvolvimento (sabe-se lá o que isso significa para muitos). 
   Nesse festejo entre a insanidade e irresponsabilidade de gestores públicos e representantes políticos, os poucos combatentes que restam deveriam começar a cuidar do “vento fétido” que é produzido nas baias e praias poluídas de Santa Catarina. Na ridícula festa de celebridades que não habitam nossas terras , e endinheirados do jet set nacional e internacional que atracarão em algum Parador (!!!) de alguma embalada megalomania provinciana, poucos se importam com sua “tirania inter -geracional”. O resultado prático é que passaremos da condição de habitantes para recolhedores de excrementos e lixo produzido por tal modelo desenhado na cabeça embriagada por intere$es econômicos ávidos por transformar toda natureza bela e decantada em prosa e verso na saudosa provinciana catarinense. 
   Na sanha por ocupar todos os espaços possíveis para vender uma falsa imagem de nossa província, representantes políticos e seus interesses orquestrados com grupos econômicos, se apoiam em retórica fácil para tratar de vender o que lhes interessa - liberar ao livre jogo dos mercadores de ocasião a orla catarinense. 
   Entristecido por perder o posto de cidade receptiva de beldades nacionais e internacionais, e, insuportavelmente depressivo por perder o Paradouro de Caras , avistemos o futuro que está desenhado para nossas gerações vindouras - alguns espaços de ostentação e riqueza ladeado por um mar de miséria e pobreza. No tocante a questão ambiental, nosso litoral já mostra o seu destino fatal - um grande depositário de excrementos e lixo. Alguém se habilita a levar tal personalidade política para um banho na Santa & Bela Pocilga?

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