quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Sobre a doença nacional e a importação de médicos...

     Por Eduardo Guerini
   Em momento de síndrome de pânico diante da incapacidade de construirmos um projeto de nação. Entre epidemias de corrupção e pragmatismo, a reclusão homeopática nos salvará da realidade caótica.
   
   Em que pese a demonstração de nossa gigantesca irresponsabilidade governamental , com a devida importação de médicos cubanos e de outras nacionalidades, sentimos um misto de incompetência com oportunismo político, típico de governantes sob pressão popular. Durante uma década de pós-neoliberalismo - comemorado em seminário dos lulo-petistas com o honorável (ex)presidente) louvado sua exponencial trajetória como governante que construiu candidaturas e destronou adversários, o principal legado é a decretação de que o gigante latino se submete ao vexame mundial de não produzir quadros técnicos para atender as necessidades vitais da sociedade brasileira - médicos, engenheiros, professores (em todos os níveis), etc,. O que chama atenção de nossa combalida burguesia nacional-associada-dependente, é que potencializou à condição de governantes - o que restou de décadas de solapamento de consciências e massa critica e criativa, ou seja, uma gama de pragmáticos e oportunistas que não se cansam de legar nosso futuro ao funeral da esperança. 
   No berçário da nação estarrecida com tamanhas sandices e invencionices gestadas nos laboratórios do marketing político, nossas parteiras acolhem macunaímas - oportunistas e pragmáticos - não Estadistas. Na ausência de Estadistas, nos contentamos com caudilhos e populistas, muitas vezes o misto político produz , governantes messiânicos (patriarcas ou matriarcas), que fazem um governo pior que o outro. E assim, sem Projeto de Nação, planejamento governamental e planos setoriais, temos como resultado, uma série de ações aluviais que produzem problemas adicionais - uma crise corporativa entre burocratas e operadores da saúde caótica, num país-dependente de soluções milagrosas. Nem médicos nacionais ou estrangeiros - o que nos resta fazer é orar para Nhá Chica (mestiça escrava e mãe dos pobres), salvando-nos da epidemia generalizada - a cegueira politica de nossos governantes.

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