terça-feira, 13 de setembro de 2011

Sobre reforma Política

Por Jaison Barreto

    Pedindo desculpas por um certo academicismo que não é o meu forte, gostaria de fazer alguns comentários sobre o que anda ocorrendo.

   É claro que vivemos um período de “perplexidade”, não só a nível mundial mas em especial aqui no Brasil, decorrente dos desacertos das políticas econômico- financeiras, agravadas aqui por uma profunda crise moral, verdadeira decomposição de suas elites dirigentes e políticas.

    Tudo bem, “a perplexidade é o começo da sabedoria” no dizer de Erich Fromm, em sua “LINGUAGEM ESQUECIDA”.

    Precisamos nós todos, acabar com essa pretensa independência ideológica, que não passa de abstração delirante, denunciando essa teoria do centro, porque em questões políticas, na pratica, é um posicionamento de direita, fácil de comprovar.

    “Consciente ou inconscientemente , todos pertencemos a algum grupo, por nossos sentimentos, pensamentos, e ações ”, já disse Gisálio Cerqueira Filho em sua “ Teoria do Discurso Político”.

    Daí não nos preocuparmos em ser juízes das paixões alheias, que consideramos sinceras e até legitimas, mas reivindicamos o nosso próprio direito de divergir, de ter convicções próprias e de lançá-las à meditação dos demais grupos sociais.

    Entre as propostas colocadas nos projetos de reforma política, muitas delas polêmicas, mas verdadeiras que merecem profunda analise e democrática discussão uma delas, “A Defesa Do Fim Do Voto Obrigatório” tem que ser fulminada, porque desserve os interesses da própria nacionalidade ”.

    Felizmente são vozes cada vez mais esparsas e isoladas, de pouca representatividade, mas existem.

    É boa pratica de saúde pública, usar vacinação contra esses vírus.

    País jovem em construção, diverso, complexo, de etnias, origens e culturas diferentes, com desigualdades regionais abissais profundas, manter-se integro, continental, apesar dos pés de barro, já se mostrou um milagre.

    Por isso rasgar, cortar as amarras, os liames da responsabilidade social, da solidariedade coletiva, das obrigações da cidadania, num País onde “ Coletivo é Sinônimo de Ônibus”, a barbárie joga recém-natos nas lixeiras, mantém verdadeiros “Guantanamos” em cada cidade, marginaliza sua juventude sem trabalho e sem preparo é de um equívoco monumental.

    O fim do voto obrigatório seria o retrato falado e escrito das elites desavisadas ou irresponsáveis do Brasil.

    Seria como dizer “cada um que se vire por si mesmo”.


    Outros diriam “não saber de nada, que não querem saber de nada e não precisam de nada”.

    “Se fizer frio, iremos pro Caribe, se calor, pra Suiça”.

    Já que é chato votar, talvez propusessem junto com estas reformas, afastar a Receita Federal, bloquear o Ministério Público, acabar com a Justiça Eleitoral, impedir a Policia Federal, e porque não calar a imprensa?

    Sabemos que é tarefa ingrata e pouco simpática falar duro ao combater desvios, mas é dever de cada cidadão bem formado.

    Saudações Democráticas 


L.A. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sobre reforma Política": Mesmo nos EEUU o fim do voto obrigatório levou ao descaso político e a entrega às minorias interessadas da tarefa de eleger o presidente.
Dá-lhe Jaison.





C.A. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Sobre reforma Política": Canga,
Aqui no Brasil, se for facultativo o voto, os mais pobres votarão em troca de dinheiro. A classe média irá para a praia ou piscina e as elites pagarão a despesa, elegendo quem lhes interesse.
Se o país já está podre, ficará ainda pior. 

2 comentários:

  1. Mesmo nos EEUU o fim do voto obrigatório levou ao descaso político e a entrega às minorias interessadas da tarefa de eleger o presidente.
    Dá-lhe Jaison.

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  2. Canga,

    Aqui no Brasil, se for facultativo o voto, os mais pobres votarão em troca de dinheiro. A classe média irá para a praia ou piscina e as elites pagarão a despesa, elegendo quem lhes interesse.
    Se o país já está podre, ficará ainda pior.

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