sábado, 30 de julho de 2011

Contos do mundo Mané...

    Solamente un té, señor...
    O Ademir começou a careira de garçom no Restaurante Andrinus, do velho Andrino, patriarca da Lagoa da Conceição.
    Sentou-se à mesa uma família de argentinos, nos idos de oitenta.
    Prontamente, porque sabia compreender o idioma de Cervantes, o Ademir foi
requisitado.

 
    - Buenas señores y señoras y los chicos. Para beber?

    A matriarca disse:

    - Para los chicos dos guaranás bien frios y para mi, uma coca-cola, por favor.

    O marido, ao chegar sua vez, disse:

    - Para mi solamente um té, señor.

    O Ademir foi até a cozinha e voltou, em 10 minutos, com a bandeja, três copos com gelo, duas guaranás e uma coca-cola. Além disto, trouxe um T elétrico, destes que se usa para conectar-se à tomada quando há mais de uma conexão a realizar.

    O marido, entre o estupefato e o atônito, repetiu:

    - Solamente um té, señor.
    O Ademir coçou a cabeça, voltou para a cozinha, falou com o pessoal de apoio e surgiu impávido trazendo na bandeja outro T.

    Desta vez, um T hidráulico da marca Tigre.

    O argentino, impaciente, disse:

    - No señor. És solamente um té, por favor...

    O garçom, aborrecido, voltou para a cozinha e deu um esporro no pessoal:
    - Pôrra! Abre essa caixa de ferramentas e descobre um T para esse
argentino filho da mãe.

    Depois de quinze minutos de pânico na cozinha, voltou o Ademir com a
bandeja e uma chave de ferro de trocar pneu de automóvel.

    E num castelhano perfeito disse:

    - Este és el último T que tenemos, señor. Pero no és un T de três puntas. Tiene quatro este...

O argentino desistiu do chá e tomou uma Brahma...


LesPaul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Contos do mundo Mané...":
Caríssimo (e não é gratuito, sabes meu caro AMIGO) - essa ILHA com maiúsculas era a ILHA que conhecestes quando chegastes pampeiro por nossas bandas. E destas abençoadas sendas sei que sentes, como eu, saudades sinceras tal e qual o encômio AMIGO largado às beiras do cabecalho encimado por CARÍSSIMO. Nossa ILHA, caríssima que foi, que é e que sempre será, prostituta de seios fartos que não distingue quem lhe suga as tetas. Tetas precedidas pelo T que nosso Ademir perseguiu. 

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