terça-feira, 28 de junho de 2011

Midnight in Paris


Por Laurita Mourão

    Estimado Sergio, grande Canga!
    Não sou crítica de cinema mas ontem vi o mais recente filme do Woody Allen: "Midnight in Paris"("Meia Noite em Paris", 2011). O tema se refere à mania que tem a maioria dos mortais de achar que a vida antes era melhor da que se vive hoje.
    Não esquecendo que o filme é uma grande propaganda e incentivo para que viajemos para aquela mais linda cidade do mundo, é também uma ode aos alegres e loucos anos 20. Desfilam, então, grandes autores, músicos e pintores que floresceram naquela época chamada também de "Era de Ouro" de alguns países da Europa, como a França, a Inglaterra, e até mesmo a Espanha.
    Um abastado casal de norteamericanos com a filha e seu jovem noivo Gil (Owen Wilson), escritor de enredos para o cinema que está agora escrevendo um verdadeiro romance, decidem viajar a Paris como turistas onde Gil, rapaz do nosso século, não consegue aceitar os vazios e consumistas hábitos de hoje, da mesma maneira como a atriz Adriana (Marion Cotillard), representante no filme de um personagem dos dourados anos 20, se imagina todo o tempo como desejando ter vivido na "Belle Époque" dos anos 1890, do mesmo modo como os do século anterior manifestavam ter preferido viver durante a Renascença !
    É tão grande a genialidade de Allen que ele continua construindo a trama que nos leva, através de Gil, a reencontrar-nos com Hemingway, Zelda e Fitzgerald, Gertrude Stein, Cole Porter, o grande cineasta espanhol Luiz Buñuel e pintores como Pablo Picasso, Salvador Dali, Toulouse Lautrec e Paul Gauguin.
    A maneira sempre estupefacta com que Gil reencontra toda essa importante gente VIP em sua época nas noites cálidas de Paris, impressiona e temos quase a certeza de que é de verdade, quando o que ele mais desejava mesmo era "caminhar na chuva por essas ruas românticas da cidade ou beirando a pé as doces margens do Sena", reportando-nos a momentos inesquecíveis e nos entusiasmando com a idéia de que verdadeiramente todos esses personagens foram e serão sempre lembrados graças à sua genialidade que traspassou o tempo fazendo-os eternos.
    Entre os hilários momentos do filme acontece um dos melhores quando uma das personagens se manifesta depressiva e Gil, com toda a naturalidade, lhe oferece uma pastilha de Valium !!!
    Permeando tudo isso, num pequeno papel, a Primeira Dama da França, a linda, suave, chic, sexy, elegante, discreta CARLA BRUNI ajuda a que o filme seja realmente inesquecível convertendo em vários milhões os simples reais que pagamos para sentarnos no cinema e esquecermos durante oitenta minutos deste mundo em que vivemos ... achando, afinal, que a vida quem sabe antes era melhor.
     Abraços da sua amiga e admiradora, LauritaMourão de Irazabal. 


Mirza Ivonne Martínez Ipar Gracias Canga! Por publicar este comentario que me ha hecho desear aun mas ver esta obra de Allen! París y su ingenio bien valen ser admirados. 
Que maravilla!!! Y donde vive? Ess tan bueno hablar con ese tipo de gente!! El alma vibra!! 
Ivonne - Montevideu, Uruguay 

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