domingo, 24 de abril de 2011

MUÇULMANOS QUEREM CRIAR ESTADO DENTRO DO ESTADO

Por Janer Cristaldo

Leio hoje, na Folha de São Paulo, artigo de Roberto Livianu: “Há duas semanas, os franceses vivem sob a batuta de uma lei que trouxe a toda humanidade mais intolerância, segregação e subcidadania. A lei antivéu, que proíbe muçulmanas de cobrir o rosto nas ruas, nasceu impregnada de xenofobia e caráter discriminatório, em movimento estatal não isolado.

“Por isso, a França tem sido palco nos últimos anos de uma série de atos e manifestações intensas de repúdio a posturas estatais antiestrangeiros. E o que causa maior perplexidade é a justificativa que adota o governo francês, no sentido de que a medida vem em defesa do caráter laico do Estado. Cogita-se agora ir além: proibir muçulmanos de orar em espaços públicos”.

Livianu é um jovem doutor em direito pela USP, promotor de Justiça e presidente do Movimento do Ministério Público Democrático. Considera que, no fundo, não há defesa alguma do caráter laico do Estado, que não passa de mero pretexto jurídico-político para agredir e desrespeitar pessoas adeptas de uma determinada religião, ferindo de morte a liberdade de credo. Isto é, Livianu desconhece o que está acontecendo na França e pelo jeito não tem noção alguma do que ocorre no mundo islâmico.

Vamos começar pelas orações nas ruas, que hoje ocorrem em diversos locais na França, particularmente em Paris e Marseille. Em Paris, no bairro árabe da Goutte d'Or, logo abaixo de Montmartre, as mesquitas ficam tão cheias nas sextas que muitos fiéis acabam rezando do lado de fora. Rezar não é o principal problema, mas sim o fato de que as ruas ficam interditadas a carros e transeuntes. Mais ainda, a oração nas ruas é uma provocação aos franceses. Não é que tais rezas reúnam apenas os habitantes do bairro. Ônibus cheios de árabes vêm de outros bairros e cidades vizinhas para ocupar as ruas de Paris. No fundo, uma demonstração de força dos mulás.

E ai de quem ouse enfrentar a turba árabe, invocando seu direito de ir e vir. Os cabeças-de-toalha instituíram uma polícia privada para proteger os crentes. Ou seja, uma religião pretende impor a um Estado laico sua própria polícia. Querem criar um Estado muçulmano dentro do Estado francês. Suponho que isto não seria admitido nem mesmo neste bagunçado país nosso, onde só bandidos têm direito a portar armas. Leia tudo. Beba na fonte.

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