sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Floram e as empresas privadas

Quando a Floram forneceu sem titubear e com rapidez insólita a licença para o show do Ben Harper em área de preservação permanente no Campeche muita gente protestou e criticou a atitude. É claro que os entendimentos do superintendente da Floram com a comunidade se da de uma forma, com uma empresa privada, poderosa, de outra.
Hoje, dia do mega show da Skol, aconteceu um incidente entre moradores do Mato de Dentro - localidade do Campeche nos arredores da Igreja de São Sebastião - e motoristas de uma empresa privada apoiados por um fiscal da Floram.
Os moradores chamaram a polícia e entraram em contato com o Ministério Público para denunciar que caminhões, a serviço da prefeitura, estavam depositando entulho, lodo tirado da Legoinha Pequena e lixo em um terreno da antiga LBA ao lado da Escola Estadual Januária da Rocha. O terreno fica em frente a Igreja de São Sebastião, local histórico e turístico.
Quando a políca chegou um menor de idade operava uma retroescavadeira. Foi parado na hora. Logo em seguida os PMs se dirigiram à Lagoinha para ver a licença da Floram que o menor disse que existia.
Deixaram a recomendação aos moradores que não permitissem que os caminhões descarregassem mais nada no local. Enseguida, após a saida da polícia, chegaram três caminhões carregados de lodo juntamente com o fiscal da Floram, Mauro Rocha. Após discutir com os moradores, o fiscal Mauro disse que a Floram havia autorizado o descarte do lixo naquele local. Mas não mostrou a licença. Questionado pelos moradores não explicou nada e começou a se exasperar.
Final da novela: o fiscal mandou os caminhões descarregarem o lixo afrontando a ordem da polícia. Na saída, pasmem, embarcou em um dos caminhões da empresa contratada gritando: "vocês são poderosos? Porque não barram o show do Ben Harper?". O preposto do Gerson Basso é cópia do patrão. Se relaciona bem com empresas privadas e despreza a comunidade.

Segunda-feira começam as aulas na escola Januária da Rocha. O terreno que virou lixão "autorizado" pela Floram era usado pelos alunos para recreação e educação física. No primeiro dia de sol o fedor da lama será insuportável. Os pneus estão cheios de água, ambiente propício para proliferação de mosquitos da Dengue. 
Como podemos ver, a relação da Floram com empresas privadas é fácil e flui com rapidez. Já com a população se dá com escárnio e desprezo.
Dário Berger não colocou Gerson Basso na Floram por acaso. Tudo faz parte de um plano.

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