domingo, 25 de julho de 2010

Manifesto eleitoral


Por Luiz F. J. Maia (maia@inf.ufsc.br)

Aproximando-se mais uma eleição presidencial, é importante que cada um manifeste suas preferências, se possível expondo as razões de sua escolha.
Nossa democracia nos dá oportunidade de votar em qualquer pessoa, mas só dentre aquelas que foram escolhidas pelos partidos, por processos, na maioria das vezes, seguindo critérios pouco recomendáveis.
A perspectiva que se nos apresenta é a de uma escolha plebiscitária, entre Dilma e Serra (nomeei-os em ordem alfabética), induzindo o eleitorado a uma escolha entre herdeiros de Lula e FHC. Desprezando os demais candidatos, com preferência inexpressiva do eleitorado, surge uma terceira força, Marina Silva.
A polarização em torno do nome do candidato a presidente despreza aspectos importantes, como as pessoas que o cercam, lhe dão apoio e tornam-se credores de favores que devem ser honrados ao longo do mandato. Não basta o candidato ser honrado e honesto, é necessário examinar com cuidado as pessoas que o cercam.
Começando pela Dilma, sua eleição significará colocar em importantes e influentes posições do governo nomes como Michel Tamer, José Sarney, Renan Calheiros, do camaleônico PMDB, além das figuras do PT que saíram de cena após o escândalo do mensalão. As coisas boas do governo Lula, que embora dando continuidade a muitas políticas do governo anterior, priorizou os aspectos sociais, diminuindo a miséria e refreando o sucateamento do país, não justificam um continuísmo, quando associado aos mesmos honoráveis bandidos, na designação de Palmério Dória.
Quanto ao Serra, apesar da aparência honesta e competente, comunga das idéias neoliberais e privativistas do FHC, além de também não estar em boas companhias, como Quércia, Maluf (a ficha mais limpa do Brasil) etc.
Resta, como possibilidade, talvez remota, de chegar a um segundo turno, Marina Silva. Marina participou do governo Lula, como Ministra do Meio Ambiente, e como tal fez concessões, acatando políticas com as quais não concordava, até atingir seu limite de tolerância, quando, com extrema coerência e dignidade, renunciou a seu cargo. É uma pessoa que tem seu limite de tolerância, coisa rara no cenário político nacional, onde a regra é praticar a mais abjeta subserviência e fisiologismo para proveito pessoal.
Sou um otimista incorrigível, e como tal vou votar nela para Presidente da República, no primeiro turno e, se possível e necessário, no segundo, além de batalhar para despertar o mesmo espírito cívico nas pessoas de minhas relações.
Parafraseando Bernard Shaw: É chegada a hora de os homens de bem terem o mesmo atrevimento dos canalhas.

Helio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Manifesto eleitoral": Muito bom artigo. Meu voto já é dela a muito tempo.
Helio.

LesPaul deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Manifesto eleitoral": O artigo é bem traçado (o problema da Dilma, além de reabilitar os mensaleiros está em sua falta de conteúdo, ela é depósito de banalidades triviais e chavões baratos alimentados pela pobreza intelectual que lhe [a ela] cerca. O problema de Marina é que a casca é verde mas o miolo é do vermelho que tinge de vergonha a estrela petista. O vermelho que ruborizou os homens de bem que ajudaram a fundar o PT e que diante da canalhada que se dependurou nas tetas da viúva deixaram o partido. Afinal, que não se deixaram contaminar e saltaram fora. Se o PSol não fosse tão atrasado, mereceria uma olhada de lupa. Quanto às companias, a única virtude das de Serra é que, sem o PMDB, a camarilha a seu lado é menor que ao lado de Dilma.

2 comentários:

  1. Muito bom artigo. Meu voto já é dela a muito tempo.
    Helio.

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  2. O artigo é bem traçado (o problema da Dilma, além de reabilitar os mensaleiros está em sua falta de conteúdo, ela é depósito de banalidades triviais e chavões baratos alimentados pela pobreza intelectual que lhe [a ela] cerca. O problema de Marina é que a casca é verde mas o miolo é do vermelho que tinge de vergonha a estrela petista. O vermelho que ruborizou os homens de bem que ajudaram a fundar o PT e que diante da canalhada que se dependurou nas tetas da viúva deixaram o partido. Afinal, que não se deixaram contaminar e saltaram fora. Se o PSol não fosse tão atrasado, mereceria uma olhada de lupa. Quanto às companias, a única virtude das de Serra é que, sem o PMDB, a camarilha a seu lado é menor que ao lado de Dilma.

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