segunda-feira, 13 de abril de 2009

Entre Marajás e Quixotes


Leonardo Brant

Eu era funcionário do Banco do Brasil na época em que Fernando Collor de Mello seqüestrou a poupança de todos os brasileiros. Com o pequeno empurrãozinho do Roberto Marinho, faríamos derrotar uma inflação que chegou à casa dos 80% ao mês, no último mês da gestão de José Sarney. A confiança depositada naquela figura de discurso envolvente era inédita, mas o breve sonho tornou-se o maior pesadelo da história política recente. Seus déjà-vus são frequentes.

O desespero e o suicídio de clientes e conhecidos é algo que jamais fugirá da minha memória. Pedi as contas num Programa de Demissão Voluntária e fui tentar a sorte como músico, jornalista, publicitário, videomaker. Qualquer coisa que me tirasse daquela realidade.

Vínhamos de um período de greves comandadas por Gushiken e Berzoini, em SP, e Olívio Dutra no RS, entre outras figuras conhecidas da política nacional de hoje. Os movimentos populares e participativos perderam terreno para um tipo recorrente naquele Brasil recém-democratizado. O caçador de marajás. Leia mais. Beba na fonte.

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