segunda-feira, 16 de março de 2009

Pão, trabalho e...vinho (com liberdade)

Recebi em casa, hoje cedo, o meu amigo Dario de Almeida Prado Jr. O Dara. Tínhamos trabalhos a fazer. Começamos a discutir sobre o meu último post, aquele dos passarinhos. Dali até receber o comentário do Les Paul sugerindo a música Matador de Passarinhos passou um universo. Falamos de cinema, literatura, política (não a paroquial rasteira) e depois de um almoço em familia, farfale com frutos do mar, e uma garrafa de um bom vinho, que tomei só mas bem acompanhado, pois o Dara não bebe, retomamos a conversa.
Aí, a história é outra. Discutir com fome é uma coisa! Bem alimentado é outra. A Conversa fica aveludada, mais calma, enfim, mais fiada e menos nervosa. Memo assim, entre nós, a coisa sempre é nervosa, principalmente as discussões. Vai daqui, vem dali e a conversa caiu no socialismo. Partiu do Dara, ainda simpático ao sonho.
Me relata ele que um certo autor "falou" -o Dario tem esta propriedade fantástica de relatar falas de personagens da história como se estivesse presente no ato - que tal empreendimento só seria possível no socialismo.
Complementei na hora: - no socialismo utópico, né? Aquele que todos nós sonhamos um dia.
Aí o bicho pegou.
O Dario saiu com uma, para mim, justificativa de que depois da revolução do Lenin (1917) o estado soviético foi levado a uma pressão internacional tão grande que era obrigado a gastar 80% do seu orçamento em armas para se defender.
Tá e daí? É impossível construir uma sociedade socialista gastando tanto em armas?
Sei lá. Só que desde que me conheço por gentesocialista só consegui aplicar esse "lance" com os meus filhos, minha família, vizinhos e amigos. Foi o máximo que consegui. E não reconheço na história nenhuma esperiência de sociedade verdadeiramente socialista. Dizer que Stálin construiu uma sociedade socialista...quando ouço isso mando pedir uma dúzia de saquinhos pro Taió (Orlando Tambosi). Que merda!

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