quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Corrupção bate na porta do prefeito de Lages

   Se antes as investigações e suspeitas de que a Operação Águas Limpas de Lages havia chegado à ante sala do prefeito Elizeu Mattos (PMDB), com a prisão de seu motorista recebendo uma sacola com R$ 165 mil, agora parece que invadiu o gabinete do alcaide Lageano.

   Segundo o blog do Edson Varela, o promotor de Justiça, Joel Rogério Furtado Júnior, que preside o inquérito que investiga, há 8 meses, o lance de corrupção entre a Secretaria Municipal de Águas e Saneamento de Lages (SEMASA) e a empresa Viaplan, o Gaeco a encaminhar a investigação ao Tribunal de Justiça de SC.

   Por que?

   Elementar! Pelo simples fato de que compete ao TJ julgar crimes cometidos por prefeitos no exercício de mandato. É o popular Foro Privilegiado. Ora, só não vê quem não quer. No momento em que o processo desce a serra em direção à Capital, é porque o prefeito Elizeu Mattos é um dos envolvidos na maracutaia.

   É voz corrente na cidade serrana, que o prefeito Elizeu se escapou do flagrante por um triz. O Gaeco estaria monitorando um telefonema entre o prefeito, que estava em Florianópolis, e os empresários que estavam em Joinville. Todos a caminho da Capital da Serra. Os empresários teriam acertado a entregar o "mimo" de R$ 165 mil, assim que chegassem em Lages. 

   Ainda não se sabe porque, o prefeito chegou mais cedo e resolveu ficar no "Bar da Maria", mandando o seu motorista apanhar o combinado. Elizeu está esperando o retorno do Toninho, o motorista, até hoje.

   Agora vai ter que vir a Florianópolis explicar as conversas gravadas pelo GAECO, que foram muitas durante 8 meses.

“Diante da demonstração do envolvimento de um agente político com foro privilegiado, esse procedimento investigatório foi encaminhado ao Tribunal de Justiça”. (Joel Rogério Furtado Júnior)

Propinagem
Segundo o promotor JoelFurtado Júnior, em entrevista exclusiva para a a jornalista Eduarda Demeneck, da BAND SC  “O que a investigação durante esses oito meses descobriu foi o desvio reiterado de dinheiro público através do retorno desses valores a título de propina. Então não foram só esses R$ 165.000,00. Aconteceram outros pagamentos da mesma forma que esse que aconteceu no flagrante”.

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