terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Ilusionismo Estatístico e Realidade Econômica

Por Eduardo Guerini
Na tábua de multiplicação,
agregando valores para alavancar
expectativas positivas em relação ao
crescimento econômico da
republiqueta brasileira. 

   Na esteira das divulgações rotineiras de indicadores e índices, o cidadão-médio, que não acompanha com uma lupa estatística a divulgação de dados, acaba acreditando no realismo fantástico de governantes e muitos jornalistas “especialistas” em comentários econômicos.
   Com um pouco de cuidado chegaríamos à máxima que “bem torturados os números podem dizer tudo”.
   Eis que nossos governantes e seus arautos do “otimismo fácil” descrevem em verso e prosa o nível de estabilidade que não condiz com a dura realidade das contas nacionais, estaduais e municipais. Todos os entes federativos estão na penúria de recursos, passando da situação de gestores para condição de pedintes.
   Os prefeitos não cansam de realizar a “Marcha dos Miseráveis” na capital federal, vociferando contra o aumento de responsabilidades e a substantiva redução de repasses constitucionais.
   Os governadores em tentativa de cumprir minimamente as promessas de campanha são cooptados, buscando desesperadamente aumentar o nível de endividamento, com a finalidade de garantir investimentos necessários para infraestrutura e demandas crescentes em áreas estratégicas.
   Neste enredo tosco de falta de planejamento, com horizonte político nebuloso, as perspectivas econômicas se desmancham no ar, a realidade dos dados econômicos demonstra que nossa situação fiscal se deteriora, com elevação perigosa dos níveis de endividamento e retração no superávit das contas públicas.
   Por outro lado, os dados de emprego e renda destacados pela mídia sem o cuidado da análise estatística evidenciam que a capacidade de geração de emprego ( de baixa qualificação e remuneração) apresenta um ciclo declinante. Neste contexto, os dados do IBGE são entoados como positivos pelos ministros da área econômica e social, porém, a situação de pleno emprego não passa de uma maquiagem rebuscada de nossa informalidade em amplos setores da economia.
   Finalmente, a elevação da Taxa SELIC, demonstra a guinada conservadora e pragmática da política econômica do Governo Dilma, uma vez mais, o sequestro das diretrizes encampadas na era FHC é adotado sem qualquer cerimônia. No andar dessa carruagem desgovernada, façamos um brinde a nossa desgraça econômica ....!!!

Um comentário:

  1. que ironia, o PT é realmente de esquerda, digo mais: marxista, vai levar a nossa economia pra um buraco tão profundo que a "crise catastrófica" trará a revolução na sua esteira, que bom plano o deles... cof cof

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