segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A maravilha da cidade das águas: Veneza!

Foto tirada em dia nublado da ponte de Rialto, quase começo do Grande Canal, Veneza
   Entregamos o Smart alugado em Firenzi, depois de um grande transtorno no trânsito da cidade devido ao Mundial de Ciclismo que acontecia na Toscana.
   Chegamos na estação, compramos as passagens para Veneza no balcão da Trenitália, para às 14:30h daquela 3ºfeira. Filas no balcão e nas máquinas de auto atendimento, em todo lugar, mas a fila anda. Todos as chegadas e partidas são anunciadas em grandes painéis eletrônicos e por um sistema de som. Avisados inclusive os atrasos, como foi o caso do nosso trem para Veneza. 
    Duas horas depois de uma confortável viagem em trem de alta velocidade, chegamos à estação Veneza/Mestre. Dois minutos de caminhada nos instalamos no Hotel Roberta. Um 3 estrelas limpo, confortável, ao lado da estação de trem, banho privativo e custo benefício excelente: 100 euros/dia para duas pessoas.
   Curiosos para conhecer a cidade, largamos as malas e, em uma máquina de auto atendimento, compramos nossas passagens (1,20 euros) para a cidade às 19:30h. A ligação de Mestre com Veneneza se dá por ferrovia/rodovia em uma extensão de 4 km que se percorre de trem em 15 minutos.     
Vista do Grande Canal
 Veneza maravilhosa
   Aí minha gente, mesmo de noite, sentimos o poder de Veneza. Mágica, fervilhante de gente, de barcos, de comércio por suas piazzas ligadas por vielas que abrigam palácios, igrejas, museus, estátuas, fontes, bares e restaurantes em uma profusão impressionante!   As pontes sobre os intermináveis canais que serpeiam pela cidade são outro show à parte! E gente...gente ...gente de todos os lugares do mundo!
   Diante daquele labirinto de pequenas ruelas e becos medievais nos pareceu impossível chegar ao nosso destino: Praça de São Marcos. Estávamos na estação de Veneza a uns quatro quilômetros. Pedimos informações a uma menina que nos disse: - sigam as placas amarelas nas paredes que indicam Rialto e San Marcos. Não deu errada! Embora Veneza seja um labirinto interminável é fácil se locomover pela cidade das águas. É só seguir as placas...ou perguntar aos universitários.
Gôndolas e a Ponte dos Suspiros
   Entre o terminal de trem (estação Sta. Lucia), a Ponte de Rialto e a Praça São Marcos tudo acontece em Veneza. A cada final de ruela se encontra uma praça com restaurantes e lojas cheias de gente. Lá pelas 9 da noite pegamos um vaporeto na frente do restaurante onde jantamos. A viagem saiu de graça devido ao horário, acho. Não havia bilhete para comprar nas máquinas e ninguém nos cobrou nada. Navegamos pelo Canale della Giudecca, passando por gigantescos transatlânticos fundeados na baía de São Marcos e logo entramos no Grande Canal e em 20 minutos estávamos na estação de trem para Mestre.  
Teto da Basílica de S. Giovanni e S. Paolo
  Na chegada ainda fui ao cassino da cidade e tive uma noite generosa no jogo. No outro dia cedo estávamos novamente em Veneza. Mapa na mão e pé na estrada seguimos, desta vez, por um caminho diferente para chegar à Praça São Marcos. Nos foi indicado por um garçom na noite anterior. Começa com o nome de São Geremias e vai trocando até chamar-se Strada Nova. A história é a mesma. Ruelas, piazzas, pontes, comércio e restaurantes em todo o trajeto.    
No meio do caminho encontramos a Basílica de San Giovanni e Paolo. Por apenas 10 euros nos deliciamos com as obras de arte e um ambiente que cair o queixo. Deslumbrante, com monumentos e pinturas como uma estátua bizantina Virgem da Paz, tida como milagrosa. Além disso, tem um pé de Santa Catarina de Siena que é a sua principal relíquia. Pinturas de Giovanni Bellini, Pietro Lombardo, Veronesi e Giovanni Piazzetta.
     Em seguida chegamos à praça e entramos na Basílica de São Marcos, a mais famosa de Veneza e uma das grandes relíquias da arquitetura bizantina. Tem as paredes recobertas por mosaicos de ouro, bronze e pedras variadas.  O piso é do século XII. Uma mistura fascinante de mosaico e mármore com desenhos de animais. Só vendo!
Detalhe na porta de entreda da basílica
    Com a alma enriquecida de tanta beleza e arte, fomos almoçar por ali mesmo de frente para o Grande Canal. Pedimos um vinho, omelete, salada e espaguete com frutos dos mar. No cardápio foram introduzidas duas viúvas argentinas muito queridas. Puxei assunto e converssamos um monte. Veraneiam todos os anos em Florianópolis. Uma tem até um apartamento em Bombinhas. Como havíamos estado recentemente em Buenos Aires, a conversa rolou frouxa sobre política e economia já que futebol é um tema proibido entre nós e los hermanos.  
 Bem, três dias em Veneza é um tempo legal para conhecer suas belezas e chutar latas pelas vielas da cidade. Foi aí que encerramos nossa maravilhosa passagem pela Itália. Roma, Firenzi, Siena e Veneza, cada uma do seu jeito, porém belas e inesquecíveis.
Agora é Eslovênia e Áustria.
Afrescos em ouro e bronze adornam o interior da Basílica de São Marcos












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