terça-feira, 20 de setembro de 2011

Laurita, Deus e a Internet

    Por Laurita Mourão   

    Querido Sergio, Grande Canga !!!
    Imagine você 10 dias com o meu computador "paralizado" desde o dia 9 de setembro corrente !!! Nem recebia nem enviava, embora acendesse e até foi-me possível visitar meus arquivos para obter uma fotocópia importante, mas escrever e enviar: ZERO.
    Até que hoje, dia 19 (!!!) chegou o grande Rômulo, nosso Técnico que, morando agora em Goiânia, veio ao Rio quase expressamente para o conserto.
    Ficou exatamente 6 horas em cima dele arrumando-o, trazendo-o à vida útil, logo de descobrir o por quê da doença, doença essa que passou para mim e, na verdade, desde então tenho estado sem forças, sem apetite, sem ganas de nada pela falta que ele me faz ! 
     É, querido Canga, o AMOR hoje inclui essa convivência quase erótica com essa máquina exigente, ranzinza, moralista, absorvente que não admite erros, vírgulas por pontos, interrogações por exclamações, é só faltar um único sinal correto e as mensagens não seguem, não entram, ficam definitivamente, absurdamente, fora de área.
  
    Há coisa mais parecida com DEUS que isto? Porque na verdade, se não é DEUS é como ELE que não admite erros. Quer sempre a verdade, a correção, a seriedade, o dever cumprido, o texto limpo, sem erros, sem hesitações, perfeito ... ou NADA !!! Não aceita ! Impaca ! Sempre esperando o PERDÃO, a CORREÇÃO !
      A mim me impressiona muito ! Cada dia mais e, sua falta, me rouba a energia, a saúde, a frescura das manhãs quando desde as 4 horas a.m.  estou aqui sentada escrevendo, ou lendo, ou rindo com as piadas, ou deslumbrada com algum vídeo de um Mago famoso, ou com a música de um Wagner, ou com um e-mail seu que diz que sente falta das minhas bobagens enfileiradas em frases comuns e sem pretensões !
      Fui ver a Betty Faria no Teatro na obra "Shirley Valentine", adaptada num Monólogo. Já lhe contarei amanhã. E também vi alguns filmes. Um especialmente vale à pena comentar porque é com o Tom Hanks e ele encarna o americano-classe-média de HOJE, da crise, da falta-de-crédito, da hipoteca não paga, da mulher que o deixa porque não pode mais usar o cartão-de-crédito ... e a MOTOCICLETA que virou símbolo e vem destronando o automóvel que, este, já não circula mais nas ruas porque ... não há mais lugar para tantos automotores ao mesmo tempo rodando e as motos, ai ! As motos: estão se encarregando de matar os nossos homens jovens, cada dia morrem pelo menos uns 3 entre os 18 e os 24 anos de idade ! Vão fazer falta, muita falta !
      Amanhã lhe escrevo mais. Quem sabe, melhor. Agora são onze horas p.m. e, depois de um dia tremendamente estressante, penso ter direito a uma boa cama.
      Abraços respeitosamente carinhosos, 
      da Laurita (Linhares Mourão de Irazabal).

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