domingo, 19 de junho de 2011

Uma bela visita de aniversário!

   Noitinha já, quando escutei: Canga! Canga!

    Alguém, no portão, chamava por mim. Como o Bakunin não latiu, imaginei que fosse um inseto. Só late para humanos e animais mamímeros.

    Não deu outra, era o meu amigo blogueiro Mosquito!
- Sou eu, Canga, o Mosquito! Gritou do portão quando me avistou na porta de casa.

    Recebemos o amigo, eu e o Bakunin, e a conversa já começou a caminho da cozinha, onde havia instalado a redação do blog naquele sábado.

    O Mosquito estava empolgado. Acabara de chegar de Porto Alegre, onde foi para o lançamento do livro cooJORNAL - um jornal de jornalistas sob o regime militar.

    Recebido em Porto Alegre pelo amigo jornalista Elmar bones, o Mosquito contava maravilhas do lançamento, das pessoas que conheceu e dos passeios pela cidade. Foi entrevistado, filmado e publicado em alguns sites de POA. Gostou muito!

    Com um movimento gentil e amigável, abriu sua mochila e me presenteou com um Tempranillo, de La Hacienda Los Haroldos - 2008, que degusto neste momento. Custo zero, benefício 10!

    De quebra, o livro do cooJORNAL, autografado pelo meu amigo Elmar Bones. Elmar é um dos organizadores do trabalho que resgata uma das mais importantes publicações jornalísticas de resistências dos anos de chumbo. 

    O Mosquito estava impressionado com a reportagem sobre o movimento de resistência ao golpe militar e a Operação Três Passos, relatada pelo coronel Jefferson Cardim Osório que acaba preso em 1965, acusando Brizola de traição.

    Folheamos o livro e, a cada reportagem, nos detínhamos para comentar fatos e personagens. Eu acompanhei o cooJORNAL pois, em 1980, montávamos o Jornal Afinal em Porto alegre, no cooJornal. 

    Algum tempo depois, 1981, volto a encontrar Elmar Bones no jornal A Platéia, de Santana de Livramento, fronteira do RS, onde eu e Jurandir Camargo, imprimíamos o bi-língue Jornal da Fronteira.

    Quanta história! Em poucos minutos, imergimos em um tempo cheio de façanhas e personagens apaixonantes. Coisas da história!

    Na despedida, me prontifiquei a levar o amigo até o terminal urbano do Rio Tavares. Na volta, ainda de aniversário, perdi o caminho de casa e acabei em uma mesa de bar no fim da Av. Pequeno Príncipe. 

    Quando cheguei acontecia um discussão acalorada (um pouco acalorada demais) sobre se o primeiro long-play dos Beatles, lançado no Brasil, era Beatlemania ou os Reis do Iê iê . Em segundo lugar da pauta, se discutia se o primeiro rock foi Johnny B. Goode, do Chuck Berry ou Good Molly Miss Molly, do Little Richard. 

    A discussão entrou nos irmãos Gershwin (minha ária rs...), Porgy end Bess e acabou em Sumertime, da mesma ópera.

    Daí, bem...daí já apareciam os primeiros laivos de luz por trás da Ilha do Campeche e me recolhi para casa feliz, com a sensação de mais um dia de aniversário cumprido.

Um comentário:

  1. ..."mais um dia de aniversário cumprido.".....e bem "comprido", ein h??? Beijão meu amigo.....

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