quinta-feira, 28 de abril de 2011

Leitor acha que Brasil podia ser melhor

Sérgio,
Pretendia não comentar, mas o "bonde do tigrão" e o "trem bala da alegria" me fazem refletir. Nas ditas sociedades mais avançadas, sob a ótica da tradição política, também temos escândalos multiformes: a festa sexual do bunga-bunga em Roma, as secretárias-amantes no Capitol Hill, em Washington, favorecimentos econômicos no Bundenstag de Berlim, os ministros-ladrões em Tókyo e até ligações perigosas entre a aviação e o poder executivo no Canadá.
Faz parte do fenômeno humano a imperfeição, dirão uns. Mas, aqui no Brasil - Santa Catarina nele - o abuso ultrapassa os limites. Desde o PT que se formou perante a sociedade brasileira como uma virgem imaculada, até as outras, mais antigas maculadas na extensão de suas existências.
Aqui, o eleitor acorda pronto para saber qual o roubo, falcatrua ou picaretagem do dia. Além de não ter serviços públicos adequados.
É possível que isto seja reflexo da "modernidade" (tudo agora é atribuído a ela), da formação do caráter do brasileiro ou de achar que primeiro estão os interesses pessoais, imediatos.
Na Europa ou nos EEUU a reivindicação é por uma causa coletiva: A liberação ou não do aborto, uma questão ambiental, o transporte público, o valor dos pedágios rodoviários, a idade das aposentadorias, os preços e o tamanho da estrutura administrativa pública.
Aqui é o meu emprego, meu empréstimo, minha bolsa de estudos, meu telhado ou minha cesta básica. O empréstimo podia ser um pequeno "papagaio" no banco estatal ou uma "arara real" no BNDEs. 
A estrutura partidária pós golpe militar se arranja e desarranja conforme a necessidade de sobrevivência. As alianças políticas são tão lógicas quanto os preços das acompanhantes de qualquer "whiskeria".
A juventude, por natureza rebelde, fica tonta no meio desta confusão. Alguns poucos, mais práticos, logo que podem agarram-se ao saco, digo, ao cargo que encontram, calam e consentem.
Outros, a maioria atônita, vêem seus líderes morrerem sem "overdose". 
Muitos dirão: É assim mesmo, é a realidade, é o Brasil.
Eu acho que podia ser melhor.

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