segunda-feira, 28 de junho de 2010

Campeche: a bola da vez das construtoras

Recebi do fotógrafo Jackó, morador do Campeche, esta mensagem onde fala sobre a explosão de grandes empreendimentos imobiliários no bairro. Mais interessante ainda é a denúncia que faz sobre contrução de prédio escondido atrás de tapume de 3 metros sem nenhuma placa de licenciamento.

Canga,

É visivel que as construtoras locais e de outros locais escolheram a Praia do Campeche para o investimento em novos empreendimentos. Depois que Cacau badalou que o Campeche é a praia da moda as obras não param de pipocar. Chegaram primeiro as construtores de pequeno porte e agora chegam as grandes como Rodobens e Cota. Só esqueceram da tal mobilidade urbana, que só fica no discurso pois não vislumbro nada na cidade neste sentido.
A ligação Sul da Ilha/ Centro é uma piada. O trevo da Seta vai atender somente a elite que desloca-se diariamente até o aeroporto. Nós da periferia vamos continuar com as filas que não param de crescer pois cada vez novos moradores estão fixando moradia por aqui. As construtoras só querem faturar e não tem nenhum compromisso com a qualidade de vida dos que chegaram primeiro e enganam os futuros proprietários.
Um exemplo é o Condominio Essence da Rodobens na Avenida Campeche. O empreendimento vai ter dez blocos com quatro andares. Duas ruas após, no sentido Lagoa, vários prédio estão sendo construídos. Agora nas nossas barbas uma construtora comprou um enorme terreno que faz lateral com a Rua da Nicota e planeja fazer algo semelhante. O que estranha que esta Construtora cercou todo o terreno com tapumes de 3 ms e até agora não colocou nenhuma sinalização dos licenciamento legalmente exigidos. Ma as obras de estaqueamento seguem em ritmo alucinador. Provavelmente os mesmos temem alguma mobilização dos moradores do entorno com a hipótese de um embargo legal. O que mais intriga é que a Prefeitura deve ter liberado o empreendimento sem ao menos exigir um recuo mínimo na Rua da Nicota cuja largura não deve ser superior a 05 metros, pois permite somente a passagem de um carro, por vez. O mais agravante que nos fundos existem uma área disponível que faz frente ao mar (próximo do Bar do Seu Chico) que deve ser mais que o dobro em área, cujo único acesso é a Rua da Nicota. Imagine o cenário de um emprendimento da magnitude do Essence cujo acesso é uma servidão estreita. Fiz algumas fotos destes empreendimento que ilustram bem o que estou narrando. Não esqueçam que a Avenida Campeche não possui calçadas, nem ciclovia. Tente trafegar a pé ou de bicicleta no verão pela avenida. É risco de vida iminente. Além disso estes prédios provavelmente não possuem garagem suficiente para os moradores e visitantes. Adivinhe onde os carros vão parar. Provavelmente na rua. E a coleta de lixo e entrega do gás? Onde os caminhões param? Ao longo da estreita Avenida Campeche. Agora imagine o caos que será quando todas as áreas disponíveis entre a Avenida Pequeno Príncipe e Lagoa Pequena forem edificadas com prédios e condomínios, sabendo que pela precariedade do transporte coletivo, todas as famílias dispõe de pelo menos dois veículos. Já encaminhei denuncia ao CREA a respeito da obra sem a placa dos licenciamentos e já fiz contato comalguns moradores da Rua da Nicota para uma mobilização e se for necessário para embargo da obra.
Jacko Surf Photos deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Campeche: a bola da vez das construtoras": Não tenho nenhuma objeção que todos tenham seus negócios e tenham sua rentabilidade garantida de seus investimentos. O que estou questionando são os aspectos de mobilidade urbana, qualidade de vida que atinge não somente o Bairro mas também o Sul da Ilha. Provavelmente este cidadão que fez o comentário deve ser um dos novos moradores do Bairro e não deve ter nenhum compromisso com o mesmo. Tente sair ou chegar no Campeche entre 7:00 e 20:00 e vc terá esta resposta. As Construtoras tem uma parcela de culpa sim ou vc acha que todos são anjinhos. Vá nos Ingleses e veja ao vivo, vá na antiga estrada do Itacorubi e veja o que se construi por ali em uma estrada onde se um carro estacionar dois não passam. Temos muitos exemplos na cidade para o digníssimo cidadão que provavelmente deve estar por aqui a pouco tempo. Primeiro lugar indique a região e a zona do seu título de eleitor, para podermos avaliá-lo quanto aos seus compromissos com este município. Eu ainda prefiro 100 residências unifamiliares a um prédio com duzentos e cinquenta apartamentos.

Jackson da Silva (Catarinense cidadão de Florianopolis desde 1973 e morador do Bairro Campeche desde 1984)

L.F.W. deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Campeche: a bola da vez das construtoras": É realmente revoltante o que as construtoras estão fazendo, instalando empreendimentos de alto padrão na região fazendo com que moradores nativos aumente consideravelmente seus capitais com a valorização enorme que esta região teve depois da instalação destes empreendimentos. Outra coisa que devemos culpar as construtoras por empregar cerca de 70% dos trabalhadores devidamente registrados na grande Florianópolis e com salários tão baixos que inclusive ultrapassam até mesmo muitos profissionais de nível superior. Também vamos culpar estas construtoras por terem de pavimentar, calçar, tratar todo esgoto e ampliar as redes elétricas e telefonia existentes, fazendo desta forma o serviço que a empresas responsáveis deveriam fazer (PMF,OI, Casan, Celesc, etc). Todo o crescimento e progresso deve ser viável e também controlado, não podemos nos esquecer que além de nós, existem outras pessoas que desejam morar bem, ou fixar residência onde bem entenderem e pensamentos egoistas "As construtoras só querem faturar e não tem nenhum compromisso com a qualidade de vida dos que chegaram primeiro e enganam os futuros proprietários." devem ser ignorados. Muita informação chega até nós de forma distorcida, e antes de publicarmos ou a passarmos para alguém devemos verificá-la, como já foi até mesmo publicado no jornal local que esta obra é do "Supermercado Angeloni" informação totalmente errada. Finalizando eu discordo completamente do Jackó.

Ass.: Luiz Fernando Weiller, morador do Campeche!

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